quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Apaixonada pro um idiota cap 1

Primeiro dia de aula, novamente  aquele inferno que acham de escola tipo assim eu amo estudar mais só que eu não gosto da escola que eu estudo, ah tinha ate mim esquecido Oii,meu nome é stefany tenho 14 estou no 1 anos do ensino médio ta pronto acordo vou tomar café está meu pai minha mãe e os dois insuportáveis dos meus irmãos Rafaela  e Fabio, Rafaela tem 15 anos e tá no 2 ano do ensino médio e Fábio 17 e está no 3 ano do ensino médio o nome de meu pai é carlos e de minha mãe emily já chegar de falar desse povo começado a história e esquecendo de falar novamente Eu sou apaixonada por um idiota que se chamar justin ele é capitão do time de basquete do colégio e é o menino mais popular da escola,Pronto....começado a história

Stefany:Bom dia família
Todos:bom dia 
Pai:Animada pra rever seus amigos 
Stefany:nem tenho amigos sou uma menina ensolada desse mundo cruel 
Rafaela:Já de manhã vc já ta com suas maluquices 
Stefany:não é maluquice vc não quer enxergar o mundo como ele realmente é cruel
Rafaela:Tá tá vamos logo gente estou louca pra mim escrever nas lideres de torcidas 
Fabio:vamos tenho que resolver com o justin sobre o basquete 
Stefany:Aff porque vc não são iguais a mim....ok vamos 
 Fabio:Tchau pai Tchau Mãe 
Stefany:Tchau pai Tchau Mãe
Rafaela:Tchau pai Tchau Mãe
Mãe emily:Tchau meus amores tenham uma boa aula 
Pai:tchau filhos

Sairmos de casa formos pro carro de fabio entramos formos direto pra escola chamado lá sairmos do carro fabio foi falar com o grupinho dele rafaela foi pro o grupinho dela e eu fui pro corredor mim sentei no chão e fiquei ouvido minha musicas ate que alguém sentou do meu lado eu olhei pra ver quem era,era uma menina desconhecida ela era tão linda 
Stefany:Oi,te conheço 
......:não meu nome é caitlin sou nova aqui só to fugindo dessa gente idiota te vir aqui sozinha te achei uma pessoa legal seu jeito de se vestir e tal, to incomodado se estou é só falar que eu saiu
Stefany:prazer meu nome é stefany pode ficar não tá incomodado em nada 


                 continuando......com 5 comentários 


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Apaixonada por um idiota

Oii,Meu nome stephany tenho apenas 14 anos moro no canada mais sou brasileira me mudei pro canada quando eu tinha 1 ano,tenho dois irmãos uma menina o meome de minha irmã é rafaela e um menino e de meu irmão fabio,meu pai é canadense e minha mãe é brasileira,Sou rockeira mais tenho sentimentos tudo que esses povos dizem sobre rockeiros não terem sentimentos é tudo mentira eu tenho certeza que nós termos mais sentimentos do que essas pessoas normais,Vocês vão entende o que que eu to falado quando lerem minha historia tenho certeza que vão gosta,Tem Romance,Brigas,Traições etc....Sou apaixonada por o garoto mais popular da escola há já ia esquecendo de contar a vocês sou uma rockeira nerd 
                                                     

                                           ESPERO QUE GOSTEM DA MINHA HISTORIA 

terça-feira, 16 de abril de 2013

Capitulo 5

                                                     







Narrado por Justin

            Se alguém me dissesse, há cinco anos, que eu poderia sentir um medo e uma dor maiores do que senti quando perdi a mulher da minha vida, eu não teria acreditado. Dirigia feito um louco de volta ao hospital. Pensava somente em chegar o mais rápido possível e ver meu filho. A voz aflita de Esme ao telefone dizendo que Brian estava hospitalizado tinha feito o chão desaparecer sob meus pés.  Meu coração palpitava, o suor escorria pelo meu rosto, eu estava assustado. Naquele momento o tempo parou para mim. Quanto mais eu corria mais eu tinha a impressão de que nunca chegaria lá. O hospital nunca me pareceu tão distante.

Nem sei como parei o carro na minha vaga do estacionamento. Nem sei se parei o carro na minha vaga do estacionamento. Não me importava com mais nada, tudo o que me interessava naquele instante era que meu filho estivesse bem, vivo. Corri angustiado pelos corredores até o quarto em que Brian estava. Meu coração continuava acelerado quando entrei. Ele já havia sido operado e ainda dormia sob o efeito da anestesia. Acariciei levemente sua testa afastando-lhe os cabelinhos castanhos avermelhados como os da mãe. Segurei sua frágil mãozinha, sentando-me na poltrona ao lado de seu leito e fiquei algum tempo velando seu sono. Sentia-me exausto. Recostei-me na poltrona fechando os olhos e em uma prece silenciosa agradeci a Deus por meu menino estar vivo. Senti a presença de alguém no quarto e ao abrir meus olhos deparei-me com jasmine  saindo silenciosamente. Meu Deus! Como eu devia àquela mulher por correr com meu anjinho para o hospital. Não conseguia nem pensar no que poderia ter acontecido se ela tivesse esperado por mim.

jasmine era uma moça simples e modesta. Durante nossa curta conversa no quarto, ela me disse que quem merecia os créditos por ter salvado a vida de Brian era a Dra. lavigne. Era curioso como duas pessoas que trabalhavam em um mesmo setor ainda não tivessem se conhecido. Eu tinha começado a trabalhar havia quatro dias e ainda não a tinha visto. Mas eu precisava agradecer. Aproveitei a presença de jasmine no quarto para falar com a Dra. lavigne.

Eu andava pelos corredores perguntando por ela, mas ninguém a tinha visto. Já estava começando a me perguntar se essa mulher era real. O hospital não era assim tão grande para que ela desaparecesse daquela forma. Foi alicia  quem me disse que ela estava no berçário examinando um paciente. Corri para lá, antes que ela se evaporasse de novo, parando diante da parede de vidro que separava o berçário do corredor.
Eu via uma mulher que se curvava sobre o berço para depositar ali um bebê recém-nascido. Seus cabelos longos caiam à frente de seus ombros tampando-me a visão de seu rosto. Ela acariciava com ternura o rostinho do bebê enquanto eu permanecia em silêncio observando o carinho com que ela o tratava. Sentindo-se observada, ela ergueu o olhar diretamente para mim e ... sorriu.

            Um turbilhão de emoções tomava conta do meu corpo. Surpresa: minha esposa estava novamente diante de mim. Incredulidade: eu a havia perdido cinco anos antes. Medo: eu poderia estar enlouquecendo. Raiva: por que Deus estava fazendo aquilo comigo? A única palavra que consegui articular depois de segundos a observá-la foi “Isa”.

E, finalmente, dor: não era ela. A ilusão de tê-la novamente comigo se desfez quando cravei meus olhos nos seus. Não eram verdes, e sim, azuis. Eu não conseguia me mexer, nem falar e nem chorar. A cena que se desenrolava diante de mim era muito mais do que eu podia compreender. Ela ainda sorria quando senti a presença de alguém perto de mim. A voz angustiada de caitlin me tirou do meu transe:

 caitlin: justin?

justin:caitlin ... por favor ... olhe para dentro do berçário e ... me diga que ... não há ninguém ali. – implorei sentindo-me sufocado. – Me diga que eu estou louco, minha irmã.

caitlin  me envolveu pela cintura enquanto jason nos abraçava apertado. Fechei os olhos com força na tentativa de dissipar aquela imagem e recobrar a razão e quando voltei a abri-los não havia ninguém ali. Minhas pernas perderam as forças e meus joelhos tocaram o chão. As lágrimas já transbordavam em meus olhos. Eu havia enlouquecido. A saudade que eu sentia havia me tirado a sanidade.

jason: Venha conosco, justin. Eu e caitlin precisamos conversar com você. – jason dizia baixinho em meu ouvido. – Vamos para a minha sala. As pessoas já estão nos olhando.

Só então percebi um número crescente de funcionários que nos olhavam assustados e confusos. Não sei de onde tirei forças para me levantar do chão frio do hospital e caminhar até a sala da diretoria. Não sei como cheguei até lá. Estava confuso, perdido e, acima de tudo, com medo. Se eu estivesse realmente louco, o fantasma de Isa me perseguiria em todas as horas do dia, em todos os lugares daquela cidade.
Narrado por Avril

Eu estava feliz como havia muito tempo não acontecia. Meu dia tinha começado bem: havia sonhado que minha irmã não me olhava mais com ódio, o pequeno Allan já não estava mais em estado grave, Brian estava a salvo e Claire, apesar de ser prematura, ficava mais forte a cada dia. Ela havia adormecido em meus braços depois do exame de rotina. Era tão pequena e frágil que me dava vontade de segurá-la e protegê-la o tempo todo, mas eu não podia ficar ali. Tinha outros pacientes para visitar. Contra a minha vontade, tive que devolvê-la para o bercinho forrado com uma delicada manta rosa, presente das enfermeiras do hospital que, assim como eu, estavam completamente apaixonadas por ela. Ainda acariciava seu lindo rostinho quando tive a sensação de que alguém me olhava. Ergui o olhar e o vi através da parede de vidro. Alto, pele clara, porte físico perfeito, cabelos castanhos levemente acobreados e com os olhos azuis mais profundos e penetrantes que eu já tinha visto olhando diretamente para mim. A visão daquele belo homem me fez estremecer. Corei ao ver seus olhos cravados em mim e sorri timidamente. Mas ele não correspondeu. Apenas me encarava enquanto eu via seu rosto se transformar em uma expressão de dor. Senti-me estranha, queria me aproximar daquele homem. Sentia uma necessidade inexplicável de apagar de seu rosto aquela expressão, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa caitlin e jason pararam ao seu lado. Só então eu entendi. A angústia nos olhos de ambos estava me dizendo que aquele homem era justin e ele tinha descoberto tudo da pior maneira possível.
 Meu coração disparou dentro do peito. Meu sangue corria rápido e descontrolado pelo meu corpo e eu não conseguia me mover. Eu precisava sair dali, mas só observava muda ao sofrimento dele. Meu olhar estava preso no seu. Os irmãos o abraçaram e ele fechou os olhos com força me libertando. Corri.  Corri como uma louca, como se minha sobrevivência dependesse disso. Desci as escadas que davam acesso para a pediatria e disparei pelos corredores do hospital. Eu tremia quando trombei em Ryan que conversava com alicia na porta da sala de traumatologia. O choque do meu corpo contra o peito de ryan me fez perder o equilíbrio. Ele me amparou em seus braços e, como sempre, brincou:

ryan:Hey, calma aí, pequena! Eu sei que eu sou irresistível, mas se você continuar se jogando em cima de mim desse jeito as pessoas vão começar a falar! – ele sorria, mas ao olhar em meu rosto sua expressão tornou-se preocupada.
alicia: O que foi, avril? O que aconteceu com você? – alicia me perguntou com o cenho franzido.

avril:Eu preciso sair daqui, alicia. Eu não consigo respirar. – disse quase sem voz.

ryan ainda me abraçava com força e, preocupado, me conduzia até o estacionamento parando ao lado do meu carro. 

ryan: avril, você não pode dirigir nesse estado. Por favor, me diga, o que está acontecendo com você? Eu quero ajudar!

avril: Eu não posso dizer, ryan. Ainda não. É algo que envolve outras pessoas, entende? Não diz respeito somente a mim.

ryan: Não, avril! Eu não entendo, mas não vou insistir. Quando ou se você quiser falar sobre isso, eu estarei aqui.

Ele assumiu a direção do meu carro e me tirou dali. Eu realmente não conseguia respirar direito. Abri o vidro do lado do passageiro, fechando os olhos e deixando que o vento produzido pela velocidade atingisse meu rosto e bagunçasse meus cabelos. O carro imprimia cada vez mais velocidade aumentando a sensação.  Sorri para ryan em agradecimento. Meu amigo me conhecia como ninguém. Levou-me para Marina Beach. Sabia que quando eu me sentia triste ou angustiada gostava de olhar o mar. O movimento e o som das ondas se quebrando na areia da praia sempre me acalmavam.
                 

     

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segunda-feira, 1 de abril de 2013

voltar a viver capitulo 4

                                                       




jason correu para a porta da sala bloqueando a visão de justin enquanto caitlin empurrava avril de volta para o banheiro. Na ânsia de escondê-la do irmão, caitlin bateu a porta com força demais chamando a atenção de justin para o barulho
justin: O que foi isso, jason? – perguntou curioso.

jason: Não é nada, justin. Você queria falar comigo? Eu estava de saída para fazer uma inspeção pelo hospital. Pode me acompanhar? Conversaremos no caminho.

justin deu um sorriso matreiro para o irmão. Pensou que, na certa, jason estaria escondendo algum rabo de saia em seu banheiro.  Somente por isso não insistiu em entrar. Não queria se intrometer em sua vida e achou melhor acompanhá-lo para fora da sala embora tivesse ficado curioso.

Ao ouvir a porta da sala de jason sendo fechada e as vozes dos irmãos se tornando cada vez mais distantes no corredor, caitlin respirou aliviada. Abriu vagarosamente a porta do banheiro esgueirando-se até a ante-sala onde Jéssica trabalhava e certificou-se de que o perigo não mais existia. avril, assustada e confusa, aguardava de dentro da sala do diretor que caitlin a liberasse para sair. As duas aguardaram alguns minutos até que jason enviasse uma mensagem para o celular de caitlin informando que justin já havia partido.
 Por volta do meio dia, pattie e jeremy chegaram ao hospital a pedido de jason que, junto com caitlin, lhes contou sobre o enorme problema que tinham nas mãos. Ainda que tivessem sido avisados a respeito da espantosa semelhança entre avril e a falecida nora, os dois não puderam evitar que seus rostos transparecessem o choque diante da visão da moça adentrando a sala. Ela não poderia almoçar com os biebers porque um paciente em estado grave exigia sua atenção constante. Após uma longa conversa na sala da diretoria, avril retornou à pediatria enquanto os biebers saíam para almoçar no Arnies. Durante o almoço, tentariam pensar em uma forma de preparar o espírito de justin para conhecer avril. Isso deveria ser feito o mais rápido possível, pois a data do almoço de confraternização se aproximava e eles fatalmente se conheceriam.

Todos já comiam a sobremesa quando ouviram uma voz que os deixou sobressaltados.

justin:Que bonito, não? Quer dizer que agora eu e Brian estamos excluídos da família? Perdemos o direito de almoçar fora com vocês? – brincou justin fingindo-se magoado.

Os quatro se entreolharam assustados com a figura de justin com o filho no colo. Sabiam perfeitamente o que se passava nas cabeças uns dos outros. Tinham tido muita sorte por Avril não ter ido com eles, senão a confusão estaria armada. Haviam escapado por pouco daquela vez, mas eles não poderiam contar sempre com a sorte. justin ainda esperava uma resposta quando caitlin perguntou visivelmente perturbada:


caitlin: justin? Como soube que estávamos aqui?

justin: Eu precisava falar com jason. Quando liguei para o hospital, Jessica me disse que vocês tinham saído para almoçar. Não precisava ser um gênio pra descobrir que estariam aqui. pattie simplesmente adorou este lugar! Mas me digam, por que não nos convidaram também?

pattie: Foi uma decisão de última hora, filho. Perdoe-nos, não pensamos que você quisesse sair de casa. Você passou a noite toda no hospital e achamos que gostaria de ficar em casa curtindo o Brian. – pattie explicou enquanto se levantava da mesa abraçando justin e beijando a testa do neto. – Você já almoçou? Podemos lhe fazer companhia!

justin: Não precisa, mãe! Na verdade nós já almoçamos. Eu só estava passeando com Brian na praia quando vi os carros de vocês estacionados aqui em frente e resolvi dar um “olá”. – disse justin retribuindo ao abraço da mãe.

Após saírem do restaurante, Brian voltou com pattie e jeremy para casa. caitlin voltou para o hospital. justin e jason foram dar uma volta na praia. justin queria falar com o irmão sobre um projeto que tinha em mente para ampliar a ala da pediatria, mas precisava do aval financeiro do diretor. Pediu para jason marcar, ainda para aquela semana, uma reunião com todos os médicos e enfermeiros do setor para que pudessem falar sobre a ampliação e reformular os horários dos plantões. jason se viu acuado. Uma reunião com todos os médicos e enfermeiros da pediatria significaria colocar justin e avril na mesma sala antes do fim de semana. Precisava falar com caitlin. Eles tinham que agir rapidamente ou seus esforços seriam em vão.

Depois de se despedir de jason, justin ainda ficou um tempo sentado num banco em frente à praia olhando para o mar. Pensava em como sua vida havia mudado depois do nascimento do filho. O menino havia lhe devolvido as forças para continuar a viver sem Isa. Era por ele que ainda respirava apesar da saudade sufocante que sentia da mulher.
Naquele mesmo dia completavam-se sete anos desde a morte dos pais de avril. Como fazia todos os anos naquela data, avril saiu do hospital após o fim de seu turno dirigindo-se para a praia. Gostava de se sentar em seu banco favorito de frente para o mar e pensar nos pais. Estacionou seu carro em frente ao Arnies, mas percebeu que seu lugar cativo já estava ocupado. Do outro lado da rua, de costas para ela, um homem aparentemente alto, de ombros largos e cabelos cor de cobre estrategicamente bagunçados fitava o mar. avril cogitou a possibilidade de sentar-se na outra extremidade do banco, mas ele poderia tentar puxar uma conversa e ela queria ficar sozinha. Sem outra opção, decidiu tomar um sorvete, acionando o alarme de seu Aston Martin V12 Vanquish e entrando no restaurante de seu amigo.  Distraiu-se conversando com Arnie enquanto tomava seu sorvete de flocos com calda de caramelo. Haviam se conhecido e se tornado amigos depois que avril retornou a Edmonds e sempre que se encontravam a conversa fluía descontraidamente. avril despediu-se do amigo e saindo do restaurante atravessou a rua sentando-se em seu banco favorito, então vazio. Agora sim, poderia pensar sossegada em sua vida.

Naquela noite avril sonhou com a irmã, mas ao contrário dos pesadelos que costumava ter, nos quais ela a culpava pela morte dos pais, Dorinha trazia no rosto uma expressão preocupada. Seus olhos não mais carregavam o ódio nem o rancor de sempre. Apenas se aproximou de avril com uma lágrima solitária correndo pela face, tocou-lhe os ombros e sussurrou em seu ouvido: “Cuide deles por mim, avril. Eles são tudo o que eu mais amo.”
avril acordou no meio da madrugada ofegante e confusa. Que sonho havia sido aquele? De quem ela deveria cuidar? Levantou-se num pulo e acendeu a luz do quarto fitando a fotografia das gêmeas felizes e sorridentes que se abraçavam no porta-retratos sobre o criado mudo ao lado da cama. Tomou o retrato nas mãos acariciando o rosto delicado da menina de olhos verdes. Como sentia falta da irmã e das confidências que costumavam trocar nas madrugadas de insônia! Sentia falta da sua gargalhada sonora e dos longos passeios que faziam pela praia logo pela manhã.  Ainda intrigada com o sonho que tivera, avril desceu ao andar inferior da casa, encheu uma taça com vinho tinto e sentando-se na varanda de frente para o mar ficou observando as estrelas e ouvindo o barulho das ondas que se quebravam suavemente na beira da praia. Não conseguiria mais dormir naquela noite.

As primeiras luzes do dia surgiam no horizonte quando avril entrou em casa, subindo de volta para o quarto. Precisava tomar um bom banho frio para espantar o sono e o cansaço que ameaçavam tomar conta de seu corpo. Sabia que teria um dia longo de trabalho. Seu paciente mais recente permanecia em estado grave exigindo dela concentração e dedicação absolutas, sem falar que teria que se esconder de justin até que seus irmãos tivessem conseguido prepará-lo para conhecê-la. Após tomar um café da manhã reforçado, avril foi para o hospital. Adorava dirigir pela Admiral Way vendo o mar a sua direita e os barcos dos pescadores saindo para mais um dia duro de trabalho. Sentia-se viva com o cheiro da água salgada invadindo suas narinas, despertando-lhe os sentidos. A lembrança do sonho que tivera durante a noite lhe enchia o coração de esperança. Talvez fosse um sinal de que a irmã a tivesse perdoado.
avril estacionou seu carro ao lado de um Volvo prata e foi direto para a UTI pediátrica. Constatou satisfeita que seu pequeno paciente havia melhorado consideravelmente durante a madrugada e, se continuasse progredindo daquela forma, em poucos dias poderia ser transferido para o quarto. Passou boa parte da manhã visitando as outras crianças sob sua responsabilidade e, por volta do meio dia, desceu até o refeitório para comer alguma coisa. Seu estômago já protestava de fome. Sentou-se com caitlin em uma mesinha mais afastada e ficou sabendo que ao final daquele mesmo dia ela e jason conversariam com justin. O celular de avril tocou. Sorriu ao ver o nome de jasmine, sua grande amiga de infância, no visor do aparelho.

avril: Oi jas, sua sumida! Resolveu se lembrar dos amigos?

A voz de jasmine do outro lado da linha estava estressada.

jasmine: avril, eu preciso da sua ajuda. Um aluno meu está passando mal e já estou a caminho. Por favor, me espere na porta do hospital. Parece ser coisa séria. A diretora da escola está tentando falar com a família, mas ninguém atende ao telefone de casa.

avril despediu-se de caitlin, apressando-se em direção à entrada do hospital. jasmine já descia do carro carregando nos braços um menino de cinco anos que se contorcia de dor. Correram com ele para a sala de emergências onde avril poderia examiná-lo melhor.
avril Olá, meu anjo. Eu me chamo avril. Eu sou médica e vou ajudar você a sarar, está bem? – avril sorria para o menino enquanto o examinava. – Como você se chama?

brian: Brian.

avril: Ok, Brian. Diga pra tia avril o que você está sentindo.

brian: Minha barriguinha está doendo muito e eu não consigo mexer a minha perna. Dói mais quando eu tento.

avril examinou o menino diagnosticando uma crise de apendicite. O menino precisava ser operado o mais rápido possível ou o apêndice poderia estourar causando uma infecção generalizada, e isso seria fatal.    A família do garoto ainda não havia sido localizada e avril não podia mais esperar. Mandou que preparassem a sala de cirurgia e comunicou à amiga o que teria que fazer. jasmine estava assustada, com medo de que a família do menino a processasse por permitir que a cirurgia fosse realizada sem sua autorização, mas avril lhe explicou que, como se tratava de um procedimento de emergência, a família não poderia processá-la. Era um caso que envolvia risco de morte.


 A cirurgia para a retirada do apêndice ocorreu de forma rápida e tranquila. jasmine aguardava na sala de espera quando avril surgiu para tranquilizá-la. O menino passava bem e logo seria transferido para o quarto. A professora informou que a família já havia sido avisada e que o responsável pelo garoto já estava a caminho do hospital.



Um carro rasgava as ruas de Edmonds em alta velocidade. Parou bruscamente fritando o asfalto no estacionamento do hospital. O motorista saltou disparado do veículo sem nem mesmo se preocupar em trancá-lo, largando a chave na ignição e o motor ainda ligado. Correu pelos corredores até a ala pediátrica a procura de notícias do menino que havia dado entrada havia poucas horas. Com o coração acelerado entrou no quarto do garoto que dormia serenamente ainda sob o efeito da anestesia. Com a ponta dos dedos, afastou-lhe os cabelos que caiam sobre a testa numa leve carícia e ali permaneceu segurando-lhe a delicada mãozinha até que seu coração se aquietasse.


jasmine  entrou no quarto minutos mais tarde para ver o menino, avistando o belo homem sentado na poltrona ao lado da cama.  De olhos fechados, parecia adormecido. Ela se aproximou silenciosamente do menino, acariciou-lhe a face e já se preparava para sair quando o homem lhe falou:

justin: Obrigado! Eu não tenho palavras para lhe agradecer por tê-lo trazido rapidamente pra cá. Se você tivesse esperado por mim, talvez eu tivesse chegado tarde demais. – ele disse acariciando o rosto do menino.

jasmine: Não agradeça a mim. Agradeça à Dra. Lavigne. Foi ela quem salvou a vida dele. – respondeu a professora novamente ao lado do garoto.

Os dois ainda conversaram por mais alguns minutos. O homem pediu a jasmine que ficasse com o menino enquanto ele iria procurar a médica para lhe agradecer por salvar Brian.
caitlin e jason corriam pelos corredores do hospital completamente desnorteados. pattie os tinha avisado que Brian havia sido internado com crise de apendicite. Sabiam que justin não estava no hospital e queriam saber o estado do sobrinho antes que o pai fosse informado e surtasse de vez. Entraram no quarto dando de cara com jasmine que lhes tranquilizou quanto à saúde do garoto que já havia acordado. O menino contava como a tia avril tinha cuidado dele quando jason se lembrou de justin. Ele estava demorando muito para chegar.

jasmine: Na verdade, ele já esteve aqui. Pediu para que eu ficasse com Brian enquanto ia agradecer à Dra.jasmine por ter salvado a vida do filho. – disse jasmine despreocupadamente.

caitlin e jason sentiram um frio na espinha. Entreolharam-se apavorados. Tinham que correr. Os corredores do hospital nunca pareceram tão longos e o tempo nunca pareceu tão lento, pensavam enquanto disparavam esbarrando em todos pelo caminho até a entrada da pediatria.

No berçário, avril depositava um lindo bebê recém-nascido de volta no berço. Havia examinado a criança que já estava fora de perigo após o parto prematuro. Seu dia estava sendo muito bom, pensava enquanto se inclinava sobre o berço. Havia tido um sonho bom com a irmã, seu paciente mais recente tinha melhorado consideravelmente, salvara a vida de Brian em uma cirurgia de emergência e o bebê em seus braços estava bem.  Sorriu com esses pensamentos. Ainda acariciava o rostinho do bebê quando se sentiu observada. Levantou o olhar em direção à parede de vidro que separava o berçário do corredor e seus olhos chocolates avistaram o mais lindo par de olhos castanhos cravados nela. avril sorriu timidamente para o homem que a encarava... sofrendo?
caitlin e jason fizeram a última curva dos corredores do hospital parando ofegantes em frente ao berçário, ao lado de justin. Do lado de dentro do vidro, o sorriso de avril desmoronou com o olhar angustiado dos dois. Ela havia compreendido o que estava acontecendo. O estrago estava feito.

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terça-feira, 19 de março de 2013

capitulo 3






No dia 18 de fevereiro de 2010, os Bieber comemoravam o quinto aniversário do pequeno Brian. A festa organizada por Caitlin também seria a despedida da família da cidade de Nova Iorque. Após terminar seu pós-doutorado em pediatria, justin decidiu mudar-se com o filho para uma cidade menor. Queria proporcionar ao menino uma infância mais saudável, distante da poluição e da violência das cidades grandes.

jeremy já havia providenciado a mudança da família para Edmonds, uma pequena cidade do estado de Washington fundada em 1890. A enorme casa que abrigaria todos os Biebers  já havia sido devidamente reformada e decorada sob os olhos atentos de pattie. Brian não mais dormiria com o pai como vinha acontecendo desde o seu trágico nascimento. Já estava se tornando um homenzinho e seu quarto, ao lado do quarto de justin, havia sido preparado de acordo com seu próprio gosto. Sim, o menino tinha a personalidade forte da mãe e sabia impor sua vontade quando preciso.

Antes de partir, justin foi mais uma vez ao cemitério despedir-se de Isa. Embora tivesse mantido a promessa e voltado todos os dias com uma rosa vermelha durante aqueles cinco anos para contar-lhe orgulhoso as travessuras do filho, ele sabia que demoraria a voltar em Nova Iorque e precisava que ela compreendesse.

justin: Oi amor! Amanhã partimos para Edmonds. Eu sei que você entende que é para o bem do nosso filho. Ele está mais parecido com você a cada dia. É corajoso, forte e tem a sua personalidade. Amor, eu não sei quando vou poder vir te ver novamente, mas eu quero que você saiba que vou te levar comigo no meu coração e nos meus pensamentos.


justin depositou mais uma rosa vermelha sobre a sepultura de Isa antes de sair. Não estava muito seguro se partir com toda a família para uma nova cidade era a coisa certa a fazer. Sabia que eles estariam abrindo mão da vida que já haviam construído em Nova Iorque para embarcar em uma aventura que talvez não desse certo, mas caitlin e jason , padrinhos de Brian, não passariam um dia sequer longe do menino. pattie e jeremy  também não.

O Hospital Regional Stevens era a mais nova aquisição de jeremy. Logo que soube da decisão do filho de se mudar para Edmonds, tratou de procurar um lugar para montar uma clínica. Ficou sabendo, por intermédio de amigos, que o hospital da cidade passava por dificuldades financeiras e corria o risco de ser fechado. Não pensou duas vezes. Fez uma breve viagem à cidade, conversou com os proprietários e já retornou a Nova Iorque como o novo dono do hospital. justin continuaria fazendo aquilo que mais gostava: pediatria. Caitlin, agora formada em psicologia, cuidaria dos recursos humanos e poderia clinicar se quisesse. jeremy poderia voltar a cuidar dos corações dos pacientes. Havia se afastado temporariamente da cardiologia para cuidar da administração do hospital em Nova Iorque, mas agora que jason havia concluído seu MBA em Administração, tomaria conta das finanças e da administração do hospital em Edmonds.

A família chegou à cidade na sexta-feira. Brian já havia sido matriculado na Escola Primária Edmonds e teria sua primeira aula na segunda, quando a família começaria a trabalhar no hospital. Aproveitaram o final de semana para conhecer a cidade e suas redondezas. caitlin adorou o Aurora Marketplace, um pequeno shopping center na Major Highway. pattie ficou encantada com a decoração do Arnies Restaurant e logo fez amizade com o proprietário que, assim como ela, era apaixonado por decoração de interiores.


justin, Brian e jason passaram todo o domingo fora de casa. O menino adorou o Parque Yost e a praia de Marina Beach. Era a primeira vez que via o mar e ficou maravilhado com a cor azul que, segundo ele, era igual a dos olhos do pai. jason também adorou a praia, mas por motivos diferentes dos de Brian. Nunca havia visto tanta mulher linda de uma só vez. Encantou-se especialmente por uma deusa loira, alta, com um corpo de parar o trânsito. Ficou mortificado ao ver que ela estava acompanhada de um rapaz também louro e alto. “É claro que ela tinha que ter um namorado. Uma gata daquelas jamais ficaria sozinha”, pensou jason .

Os três voltaram para casa no final da tarde. Brian dormia no banco de trás quando justin estacionou o carro na garagem. Mal acordou para o banho e para tomar a mamadeira antes de desmontar de vez na cama. Justin estava satisfeito com a animação do filho em relação à mudança. Temia que o menino se sentisse deslocado por não conhecer nenhuma criança na cidade nova. No entanto, ele havia feito diversas amizades na praia e brincado até a exaustão.

Na segunda-feira,justin  fez questão de acompanhar Brian e pattie até a escola. Queria conhecer a professora do filho e sentiu um enorme orgulho ao ver o menino entrar para a sala de aula sem chorar, de mãos dadas com a tia Ângela. Após deixar pattie novamente em casa, justin dirigiu até o hospital. Logo pela manhã haveria uma reunião de apresentação com todos os médicos e funcionários.

A sala de reuniões já estava cheia quando justin entrou. Todos estavam curiosos para conhecer os novos proprietários e, principalmente, para saber se eram verdadeiros os boatos de que haveria demissões. Não era segredo que o hospital, antes de ser vendido, passava por dificuldades financeiras e ninguém tinha certeza de que o novo proprietário pretendia manter o mesmo quadro de funcionários.

A reunião estava prestes a começar. Como proprietário do hospital, jeremy começaria as apresentações e depois daria a palavra a jason para que ele pudesse explicar as medidas administrativas que seriam tomadas dali em diante. jason sentiu seu coração bater descompassado ao reconhecer a deusa loura que entrava vestida de branco na sala de reuniões. Deus deveria gostar mesmo dele para lhe dar numa nova oportunidade de conhecê-la. O enorme sorriso que estampava na face desmoronou ao ver o namorado louro que entrava logo atrás da moça.

Jessica: Dr. bieber, estes são a Dra. jasmine villegas e o Dr. chaz villegas . – disse Jessica Stanley, a secretária da diretoria.

jason fechou a cara. “Droga! São casados!” – pensou. ”Agora é que eu não tenho chances mesmo”.


jeremy os cumprimentou com um aceno de cabeça dirigindo-se a Jessica.

jeremy Falta chegar mais alguém?

jessica:Ainda faltam chegar o Dr. butler e a Dra. Lavigne Eu já os bipei e devem estar a caminho.


Mais dez minutos se passaram e a porta da sala foi aberta. Por ela passou um rapaz , de olhos azuis penetrantes, cabelos pretos arrepiados e um porte atlético de dar inveja.

Ryan: Bom dia! Dr. bieber, eu sou dr. butler, ortopedista aqui no hospital. Desculpe-me pelo atraso, eu estava acabando de atender uma paciente. A Dra.lavigne. 

 me pediu para avisá-los que não poderá comparecer à reunião. Acabou de subir para a pediatria para uma cirurgia de emergência. Pediu que a desculpassem.

jeremy: Não há problemas, Dr.  butler. Teremos outra oportunidade de conhecer a Dra.lavigne.– respondeu jeremy com um sorriso no rosto.

Após apresentar a família para os funcionários do hospital, jeremy passou a palavra para jason  que explicou as novas regras que seriam implantadas e garantiu que não haveria demissões. A reunião durou uma hora e os enfermeiros e funcionários voltaram ao trabalho sentindo-se mais aliviados. As enfermeiras cochichavam pelos corredores a respeito da beleza dos dois filhos homens do Dr. bieber. Não conseguiam entrar em um consenso sobre qual deles era o mais bonito. As opiniões estavam divididas. Algumas suspiravam pelos olhos castanhos de justin e outras se arrepiavam só de pensar em se perderem nos braços de jason.

Apenas os médicos permaneceram por mais alguns minutos na sala de reuniões com os biebers . caitlin havia planejado para o domingo seguinte um almoço de confraternização em sua casa para que eles e a equipe médica pudessem se conhecer melhor. Combinaram que, entre eles, as formalidades seriam deixadas de lado, a começar pela forma de tratamento. “Com tantos bieber no hospital ficaria difícil saber de qual Dr. bieber estaríamos falando”, havia brincado jason.


Ao final de quase seis horas de uma cansativa cirurgia, a Dra.lavigne  dirigiu-se à diretoria do hospital. Queria se apresentar ao novo diretor e renovar seu pedido de desculpas pela ausência durante a reunião daquela manhã. Após uma leve batida, Jessica abriu a porta da sala de jason para anunciar a chegada da Dra. Lavigne. jason, que lavava as mãos no banheiro privativo de sua sala, pediu a Jessica que a deixasse entrar.

jason: Por favor, fique à vontade Dra. lavigne. Eu já irei falar com a senhora. – disse jason ainda no banheiro.

Avril: Não se apresse, Sr. bieber. – Respondeu a médica.

jason terminou de enxugar as mãos e sentiu-se congelar ao retornar para sua sala. Não podia acreditar na visão que estava tendo. Diante de sua mesa estava sentada uma moça de pele clara, cabelos longos loiro, lábios rosados e levemente carnudos. O coração do rapaz batia com força dentro do peito e sua respiração tornou-se acelerada. jason a fitava com os olhos arregalados sem nada dizer. A moça, percebendo que ele não estava muito bem, levantou-se da cadeira em que estivera sentada, caminhando em sua direção.

Avril: Sr. bieber, o senhor está se sentindo mal?

_ ...

avril:Sr. bieber? – insistiu a moça.

jason: jason. – ele conseguiu dizer.

avril: Desculpe-me. Como?

jason: Me... chame de ... jason. – arfou o rapaz.

avril: Certo. jason, o que você está sentindo? Você está pálido.
jason respirou profundamente, sentando-se em sua cadeira sob o olhar atento e preocupado da moça. Em alguns minutos sentiu-se capaz de falar sem gaguejar.

jason: Me perdoe, Dra. lavigne. Devo tê-la assustado. Não era essa a minha intenção. Mas entenda, foi um choque vê-la sentada aqui diante da minha mesa.

A moça franziu o cenho, confusa. Será que ele achava que ela não se apresentaria? Percebendo sua confusão jason tratou de se explicar:

jason: Acho que lhe devo mais desculpas, Dra. lavigne!

_ avril. – disse a moça – Meu nome é avril.

jason Certo, avril. Deixe-me explicar o que aconteceu comigo. Eu disse que fiquei chocado ao te ver porque você se parece muito com uma moça que eu conheci. Essa moça faleceu há cinco anos e quando eu te vi aqui sentada, parecia que ela tinha voltado. Vocês são idênticas. Pra falar a verdade, a única diferença é a cor dos olhos. Meu Deus! Se vocês fossem gêmeas não seriam tão parecidas.

Avril baixou os olhos lembrando-se da irmã com quem não falava havia sete anos.  A última vez em que se falaram, tiveram uma discussão que culminou no rompimento das duas.

avril e a irmã estavam sentadas na sala de estar da casa dos pais. Haviam acabado de voltar do cemitério onde haviam acompanhado o sepultamento de ambos. Estavam caladas, cada uma tentando suportar a própria dor.  avril olhava para o rosto da irmã esperando que ela dissesse algo. Não lhe havia dirigido a palavra desde que soubera do acidente que vitimara os pais. avril dirigia o carro no momento do acidente e sabia que a irmã a estava culpando por tudo. Só estava esperando que ela pusesse tudo para fora.

avril: Diz alguma coisa, por favor! – implorou avril.
_  ...
   
avril:Dorinha, fala comigo! – pediu mais uma vez com lagrimas nos olhos.

A ira, que até então havia permanecido sufocada, explodiu. Dorinha cuspiu na cara de avril  que ela tinha matado os pais e que jamais a perdoaria por isso. avril chorava e tentava explicar que um carro que vinha na contramão a havia obrigado a dar uma guinada forte no volante e que ela não conseguiu manter o controle da direção quando o pneu dianteiro estourou causando o acidente. Mas a irmã não a ouvia mais. Descontrolada, partia para cima de avril lhe dando uma bofetada no rosto e a chamando de assassina. A relação das irmãs havia atingido um ponto sem volta. As gêmeas, antes amigas tão inseparáveis, se separariam ali. Naquele ano, avril havia concluído a faculdade de medicina e, magoada e sozinha, retornou para Edmonds, sua cidade natal. Desde então perdera completamente o contato com a irmã. Não a procuraria. Embora não guardasse magoa, sabia que ela não a receberia bem.

avril foi trazida de volta ao presente pela voz grave de jason.

jason; avril? Você está bem?

A moça o olhou constrangida.

avril: Desculpe-me, jason. Estou bem sim. Só estou muito cansada por causa de uma cirurgia longa e complicada, mas assim que chegar em casa e tomar um banho, vou me jogar na cama e só saio de lá amanhã. – disse sorrindo tristemente.

avril: Seu turno já está quase no final. Vá para casa, avril. Descanse. Meu irmão também é pediatra e ele pode cobrir o resto do seu turno.

avril agradeceu e saiu. Correu até o estacionamento, ligando o carro e correndo para casa. E, assim como havia dito a jason, depois de tomar um banho prolongado e relaxante, desabou em sua cama em um sono profundo.



Muito tempo depois da partida de avril, jason permanecia em choque sentado em seu escritório pensando em como iria dar a noticia a justin. Tinha certeza de que seu irmão iria surtar. Interfonou para Jessica pedindo-lhe que chamasse caitlin, mas ela já havia ido para casa.justin ficaria de plantão naquela madrugada e jason aproveitaria para conversar com caitlin em casa. Não queria que o irmão os surpreendesse. Precisava bolar um plano para prepará-lo para o choque.
Mais tarde naquele dia, jason foi ao quarto de caitlin. Esperava sentado na poltrona que ficava perto da enorme janela do quarto quando a irmã saiu do banho. Fitava o vazio do lado de fora quando ela lhe tocou o ombro preocupada. Já sabia que algo de errado estava acontecendo, mas não imaginava a proporção do problema.

caitlin:O que foi, jason?

jason:caitlin, precisamos conversar.

caitlin: É tão grave assim? A última vez que você falou comigo nesse tom de seriedade foi quando Isa morreu!

jason baixou os olhos e mordeu o lábio inferior.

caitlin: Por Deus, jason! Fale logo! O que está acontecendo? É alguma coisa com o Brian?

jason: Não. Brian está bem. Não se preocupe com ele. O problema é com justin.

caitlin: Como assim? Não estou entendendo. Estive com ele hoje o dia todo e não vi nada de errado.

jason: É que ele ainda não sabe. Quero dizer, ele ainda não viu...


caitlin:Não sabe e não viu o que, jason? Você esta me confundindo!

jason: A avril.

caitlin: Quem?

jason: A Dra. avril lavigne. A pediatra que não estava na reunião hoje pela manhã por causa de uma cirurgia de emergência, lembra?

caitlin: Sim. O que tem ela?

jason: Ela é idêntica à Isa, caitlin. justin vai pirar quando a vir.

caitlin:jason, por mais que essa moça seja parecida com a Isa, eu não acho que nosso irmão vá surtar por causa dela. Ele está mais forte agora.
jason:caitlin, você não está me entendendo. avril não é somente parecida com Isa. Elas são idênticas. A única diferença está na cor dos olhos. Os de Isa eram verdes e os de avril são azuis derretido.

caitlin:Qual é, jason? – disse caitlin incrédula.

jason:caitlin, eu vou te explicar melhor. Lembra da Isa? Pele clara, cabelos castanhos avermelhados, lábios rosados e levemente carnudos e olhos incrivelmente verdes?

caitlin:Claro que me lembro, jason! Ela era linda.

jason: Pois então? Pega a Isa e pinta os olhos dela de castanho da cor de chocolate. É a avril, caitlin. Entendeu? Até o corpão é igual, a mesma altura, tudo!

caitlin começou a compreender a preocupação do irmão. Se avril fosse realmente tão parecida com Isa como jason estava dizendo, justin poderia não reagir muito bem. Os irmãos combinaram que no dia seguinte contariam aos pais sobre a semelhança de avril com Isa e juntos fariam um plano para preparar justin para conhecê-la. jason também prometera a caitlin que as apresentaria na primeira oportunidade no dia seguinte.

O dia amanheceu sem que jason e caitlin conseguissem pregar os olhos. Juntos, saíram mais cedo para o hospital. Tinham que evitar que avril e justin  se encontrassem antes da hora, afinal os dois trabalhavam na pediatria e o encontro seria inevitável.
 Assim que chegou ao hospital, avril foi avisada para comparecer à diretoria antes de seguir para a pediatria. Cumprimentou Jessica e pediu que ela a anunciasse para jason. Ele veio recebê-la na porta da sala convidou-a para entrar dando ordens expressas a Jessica para que só permitisse a entrada de caitlin e de mais ninguém. avril achou a atitude de jason um pouco estranha, mas não se manifestou. Mais estranho ainda era o fato de ter sido chamada na sala do diretor que após quase vinte minutos de conversa fiada ainda não tinha dito a razão de tê-la chamado ali. Precisava visitar seus pacientes e ele a estava fazendo perder tempo.

avril:jason, me perdoe, mas eu tenho que visitar meus pacientes. Eu realmente preciso ir. Podemos nos falar outra hora?

jason:avril, espere só mais um tempinho. Eu preciso te apresentar uma pessoa. É muito importante, por favor.

avril: Certo. Enquanto isso, eu posso usar o seu banheiro?

jason assentiu e avril encaminhou-se para o banheiro de onde podia ouvir uma voz feminina que falava com jason. A pessoa a quem ela seria apresentada finalmente havia chegado. avril acabou de enxugar as mãos e abriu a porta que dava acesso à sala do diretor. Parou confusa quando uma moça que a olhava assustava soltou um grito antes de desmaiar.

jason correu até caitlin, pegando-a no colo e deitando-a no enorme sofá de sua sala enquanto  avril  pegava um copo d’água.
 avril:jason, por favor, me explique o que está acontecendo aqui. – pediu avril assustada.

jason:avril, eu te disse ontem. Você se parece muito com uma pessoa que nós conhecemos e a semelhança é realmente assustadora. Por isso caitlin desmaiou.

 avril:Quer dizer que eu ainda vou causar esse tipo de reação no restante da sua família?

avril havia tocado no ponto.  não sabia o que responder. caitlin já voltava à consciência enquanto avril ainda esperava uma resposta para sua pergunta. Tremendo, pegou das mãos de avril o copo com água bebendo-a de uma só vez. Ainda sentia a garganta seca e seu coração parecia querer saltar do peito pela força com que batia. Ela encarava cailin sem acreditar no que seus olhos viam. Agora entendia com exatidão a preocupação de jason em relação a justin.

jason: caitlin, esta é a Dra. avril lavigne, mas ela prefere ser chamada de avril. avril, esta é a minha irmã caitlin.

avril:Olá, caitlin. É um prazer conhecê-la. Se sente melhor?

caitlin nada disse. Apenas assentiu com a cabeça ainda encarando avril com os olhos arregalados. Depois de alguns minutos, ela já conseguia balbuciar algumas palavras.

caitlin: Meu Deus, jason! O que nós vamos fazer? – perguntou caitlin.

jason: Não sei, caitlin, mas nós temos que fazer alguma coisa e rápido. Não vamos poder esconder a avril por muito tempo.
avril: Esperem aí. Por que eu teria que me esconder? – perguntou avril confusa.

Foi jason quem começou a explicar.

jason:avril, você se lembra que eu te contei que você era muito parecida com uma moça que eu conhecia e que essa moça tinha morrido?

avril assentiu com a cabeça.

jason: Então... essa moça era a mulher do meu irmão. Quando ela morreu, ele quase perdeu a razão. Foi muito difícil trazê-lo de volta, entende? Nós não sabemos qual será a reação dele quando a vir. Pela forma como eu e caitlin reagimos quando a vimos, você consegue entender a nossa preocupação?

avril estava assustada e constrangida.

avril:jason, o que vocês querem que eu faça? Eu não posso me esconder pra sempre. Eu entendo a preocupação de vocês, mas eu tenho meus pacientes pra cuidar e, pelo que eu entendi, seu irmão é pediatra também ... então ... nós fatalmente vamos acabar nos encontrando.

jason: Nós sabemos disso, avril. Só precisamos descobrir uma forma de contar pra ele, de tentar minimizar o choque, entende? A primeira coisa que temos que fazer é apresentar você para os nossos pais. Você pode almoçar conosco hoje? Vou pedir para que eles venham até aqui e vamos almoçar fora e conversar a respeito, ok? Eu preciso que você fique mais um tempinho aqui. O plantão de justin já deve estar acabando e ele irá para casa. Aí você poderá visitar seus pacientes sem correr o risco de trombar com ele pelos corredores.

avril levantou-se da cadeira, caminhou pensativa até a janela e aceitou o pedido de jason. caitlin levantou-se andando em direção a avril dando-lhe um forte abraço em agradecimento. avril retribuiu o abraço, sorrindo. Nesse momento, a porta da sala se entreabriu levemente enquanto o sangue de jason congelava nas veias.

justin:jason, posso falar com você? – a voz aveludada de justin preencheu toda a sala.

continua com 4 comentários amei os três comentários os anonimo por favor bote seu nome 

o que será que vai acontecer isso você só vão saber no próximo capitulo